martes, 17 de mayo de 2022

O ecoturismo na América Latina precisa de uma balança (equilíbrio)

 


Lugares maravilhosos com visitas gratuitas contrastam com lugares menos chamativos com preços de ingressos escandalosamente caros.

Ao longo dos anos e, quanto mais viajo pela nossa América Latina, vejo essas diferenças marcantes em muitas de nossas paisagens, com parques nacionais, zonas ecológicas protegidas, praias, montanhas, lugares nevados, alguns de administração pública e outros de administração
privada.

Visitei recentemente um lugar no Brasil, com várias cachoeiras, com poucos quilômetros de separação entre elas.
Algumas dessas cachoeiras, como mostram nas fotos e vídeos, eram lugares de sonhos, paradisíacos, e de onde é possível extrair uma experiência inesquecível e, a poucos quilômetros de distância, é possível encontrar outras cachoeiras menores que não são tão importantes. Mas o que me pareceu mais estranho é que a cachoeira dos "sonhos" era gratuita, enquanto que, para acessar a cachoeira menor, era preciso pagar um preço oneroso por pessoa.
É de conhecimento público que é preciso pagar um preço, pois muitos desses locais precisam de manutenção e cuidados,
mas a questão que eu gostaria de tratar aqui é a divergência de preços. Enquanto há lugares com entrada gratuita, onde deveria-se cobrar ingresso, há outros lugares que não são tão importantes e que cobram preços que não são para turistas de todas as classes sociais, muito menos para famílias inteiras.


Os donos da natureza.

Nesse sentido, não devemos esquecer também aqueles lugares naturais protegidos, dos quais algum milionário se apossou, exigindo pagamento pelo acesso, sem nenhum controle do governo, ou seja, em determinado momento, um punhado de políticos corruptos se apropiam de um lugar que não deveria ser vendido. Estes devem ser de acesso público e de administração pública. Esse tipo de coisa acontece com muita frequência com cachoeiras, montanhas e praias (lugares que deveriam estar sob a supervisão e administração das prefeituras navais), reservas naturais e, não vamos esquecer, aquelas montanhas com resorts para esquiar, de algum milionário famoso.


Hotéis abandonados.

Na foto acima, aparece atrás de mim uma bela estrutura que parece ter sido um hotel em algum momento, mas que, na realidade serviu como escola décadas atrás, e agora se encontra abandonada e não cumpre nenhuma função. É simplesmente um lugar onde pode acontecer qualquer coisa a noite, porque nao existe nenhum tipo de vigilância, então, em algum momento eu me fiz a pergunta (como tantos outros), por que não o exploraram como hotel e com partes dos lucros poderia se manter o lugar? Sem ir muito além, podemos citar uma lista incrível de hotéis e complexos turísticos abandonados, por conta dos impostos exagerados cobrados por seus governos, impossíveis de sustentar ou por falta de acordos e decisões rápidas. Um hotel recuperado gera renda e fontes de emprego.



Precisamos de um equilíbrio no turismo latino-americano

Vemos este tipo de inconsistências em vários países da América Latina, exemplos disso são as ruínas de Machu Pichu no Peru e Ancash, as Ilhas Galápagos do Equador, as Cataratas do Iguaçu (em ambos os lados), Venezuela com uma incrível riqueza turística mal explorada, República Dominicana, também com suas próprias inconsistências entre o norte e Punta Cana, o Haiti com uma natureza desperdiçada, o Uruguai com suas inconsistências entre Punta del Este e o norte, a Argentina com geleiras para os ricos, etc, etc. Nossos governos e seus Ministérios de Turismo têm oportunidades fantásticas de acesso a uma coleção maior e mais equilibrada, sem matar o turista e promovendo as economias locais.
Não é necessário continuar criando “estradas imaginárias” por onde passaram escravos, aborígenes ou
demais feudos importantes históricas, é preciso explorar e regular outros espacos palpável, e a verdade é que nosso continente tem uma infinidade de natureza tangível, a ser vista , registrado, desfrutado, cuidado, explorado e controlado. Por isso eu digo que é preciso um balanço turístico na América Latina, é preciso rentabilizar esses lugares maravilhosos com entrada gratuita, para reduzir os preços em lugares excessivamente caros, e também, os setores privado e público, juntos, reverem esses lugares privados que deveriam ser patrimônio natural, encontrando um ponto de concordância e maior controle.

 

 

 

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